segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Apesar da lei, do Poder e das sentenças dos juízes, eu creio na Justiça!

http://www.gerivaldoneiva.com/2012/01/apesar-da-lei-do-poder-e-das-sentencas.html



Apesar da lei, do Poder e das sentenças dos juízes, eu creio na Justiça!



Não os perdoem: eles sabem o que fazem!
Ao povo do Pinheirinho!
Gerivaldo Neiva
 
 
Para o governador, a culpa é da Justiça.
Para toda imprensa, a Justiça determinou, mandou, decidiu, despejou...
Para o Juiz que assinou a ordem, cumpriu-se a Lei e basta: Dura lex sede lex!
Para catedráticos cheirando a mofo, o Estado de Direito triunfou!
Para o Coronel que comandou, ordens são ordens!
Para o soldado que marchou sobre os iguais, idem!

Ei, Justiça, cadê você que não responde e aceita impassível tantos absurdos?
Não percebes o que estão fazendo com teu nome santo?
Em teu nome, atiram, ferem, tiram a casa e roubam os sonhos e nada dizes?
Tira esta venda, vai!
Veja o que estão fazendo em teu nome! Revolte-se!
E o pior dos absurdos: estão dizendo teus os atos do Juiz e do Poder que ele representa!
Vais continuar impassível?
E mais absurdos: estão te transformando em merdas de leis.
Acorda, vai!
Chama o povo, chama o Direito das ruas e todos os oprimidos do mundo e brada bem alto:
- Não blasfemem mais com meu nome! Não sou o arbítrio e nem a ganância! Não sou violenta, nem cínica e nem hipócrita! Não sou o poder, nem leis, nem sentenças e nem acórdãos de merda!
Diz mais, vai! Brada mais alto ainda:
- Eu sou o sonho, sou a utopia, sou o justo, sou a força que alimenta a vida, sou pão, sou emprego, sou moradia digna, sou educação de qualidade, sou saúde para todos, sou meio ambiente equilibrado, sou cultura, sou alegria, sou prazer, sou liberdade, sou a esperança de uma sociedade livre, justa e solidária e de uma nação fundada na cidadania e dignidade da pessoa humana.
Diz mais, vai! Conforta-nos:
- Creiam em mim. Um dia ainda estaremos juntos. Deixarei de ser o horizonte inatingível para reinar no meio de vós! Creiam em mim. Apesar da lei, do Poder Judiciário e das sentenças dos juízes, creiam em mim e não perdoem jamais os que matam e roubam os sonhos em meu nome, pois eles sabem o que fazem!

* Juiz de Direito (Ba), membro da Associação Juízes para a Democracia (AJD)
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Dr. Gerivaldo, seu texto renova minha esperança de que é possível vivermos numa sociedade livre, justa e solidária, onde o mal não triunfe e onde a verdadeira justiça não pereça amordaçada e impotente diante da omissão dos bons juristas desse país.
Adriana Botelho
 
 
 
 

CASO MARIA CLARA : E POR FALAR EM SAUDADE....

...E POR FALAR EM SAUDADE....
Hoje, ao longo de todo o dia recebi diversas mensagens alusivas ao dia da SAUDADE. Queridos amigos, sinto vos informar que desde o dia 19 de dezembro de 2011, SAUDADE tem sido uma palavra, um sentimento constante na minha vida  e de toda minha familia. Outrossim, desejo imensamente comemorar no ano vindouro o dia da SAUDADE com vocês, como um dia especial, como uma exceção e não como uma constante em minha vida!
E falando em Saudade, fez-me lembrar de uma cantora exepcional Cesária Évora , uma Caboverdiana que cantava uma música que tanto gosto e me é muito especial "SODADE".

Bjooooo grande, minha princesa!



domingo, 29 de janeiro de 2012

CASO MARIA CLARA: Judiciário em ritmo de CARNAVAL!!!

O judiciario brasileiro apressou-se em tirar minha filha dos meus braços e entregá-la ao pai, que em contrapartida, correu contra o tempo para retira-la do Brasil o quanto antes, para que quando essa decisão absurda da juiza Ana Carolina Dias fosse revogada, minha MARIA já estivesse bem longe do nosso país. E agora que a decisão da juiza foi revogada, porque o judiciario anda a passos de tartaruga para fazer cumprir a decisão do TRF? É como se costuma dizer da Bahi; Para o judiciário baiano o ano só começa depois de março, porque aqui na Bahia, já estamos em ritmo de CARNAVAL!!!



sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Protocolos- Texto de Elaine Cesar

Li esse texto e identifiquei-me imediatamente com ele, o texto de Elaine Cesar consegue traduzir com uma nitidez absurda os sentimentos que existem em mim. A indignação,a revolta, o sentimento de abandono e impotência diante das arbitrariedades cometidas pelo judiciário brasileiro. Ainda tenho esperança que o mal  e a mentira se revelem, e que o bem e a justiça enfim possam prevalecer! 
By Adriana Botelho




Blog::Câncer, Gravidez e Alienação Parental.olos



Protocolos.


Julgamento.


 substantivo masculino

ato, processo ou efeito de julgar

1    Rubrica: termo jurídico.
      ato pelo qual a autoridade judicante, depois de examinar os autos do processo e formar sobre ele um juízo, expõe e justifica sua decisão para a solução do conflito
1.1    (sXV)Rubrica: termo jurídico.
     a sentença de um juiz, de um tribunal, que pode ser condenatória ou absolutória; resolução,    decisão resultante de uma disputa judicial
Ex.: obtiveram um j. favorável à greve deflagrada
2    Rubrica: termo jurídico.
      audiência de um tribunal perante o juiz
Ex.: ele tem o j. marcado para o próximo mês
3    apreciação crítica, opinião favorável ou desfavorável sobre alguém ou algo; juízo, parecer
Ex.: era dado a fazer j. precipitados



Quem julga o que? Quem julga aquele julga? Há um julgamento daqueles que julgam?

A maior falha em todo meu processo litigioso de fixação de guarda, na minha opinião, foi a minha total ignorância, falta de conhecimento sobre essa máquina do Poder Judiciário. Não tinha a menor noção de como tudo isso funciona; hoje, não sou expert, mas já consigo entender a hierarquia, reconhecer algumas expressões que não fazem parte do meu vocabulário. Hoje já consigo acompanhar matérias como as que foram publicadas nessa semana em vários jornais e revistas sobre as declarações da Ministra Eliana Calmon “coração” do CNJ, Conselho Nacional da Justiça sobre “bandidos que estão escondidos atrás da toga” , “casta de supertogados, que se acham acima do bem e do mal.”

Hoje leio esses artigos e consigo entender o peso de tudo isso.
Hoje eu sei de perto a responsabilidade que se tem um juiz na vida de um pessoa qualquer.
Antes de tudo isso acontecer, eu sequer tinha consciência do tamanho desse poder.
Eu sempre acreditei que cada ser humano deveria cumprir seus deveres de cidadão; pagar impostos, respeitar as leis de sua comunidade, respeitar o próximo bla bla bla bla – e assim viveria de maneira tranqüila dentro de sua realidade. Mas não é. Definitivamente não é assim.
Qualquer pessoa está submetida a esse poder maior, que é essa figura representado por um homem/mulher que em “ salas de julgamento, sentam sempre um degrau acima das outras pessoas , vestem uma roupa diferente; a toga (que na Roma antiga distinguia cidadões dos escravos), e são chamados de excelência ou meritíssimo.” (revista Veja 01.10.2011) alem de receberem uma infinidade de benefícios- Qualquer pessoa pode ser acusada de qualquer coisa e se ver presa dentro dessa teia que é o Poder Judiciário.

E eu caí dentro desse universo, simplesmente porque um homem resolveu dedicar todos os momentos de sua vida em me destruir.
E por causa disso tive que mergulhar nesse mundo de maneira involuntária e me deparar com toda essa realidade.

Nessa semana a discussão corre em volta dos juízes “bandidos”, “corruptos” que deveriam, ao contrario cumprir a lei com mais rigor.
Da necessidade do CNJ continuar podendo julgar os magistrados que de alguma forma cometem atos inescrupulosos.
Porém, toda essa discussão me levou a uma outra questão; sobre a maneira de como se julga, sobre arbitrariedade também. Não só bandidagem e corrupção.
Juízes e Desembargadores tomam decisões que podem alterar o rumo da vida de pessoas de uma maneira radical e num determinado momento suas decisões são definitivas.
Sabe-se que o desembargador , é o juiz responsável por analisar os recursos contra sentenças nos tribunais de justiça, ou seja, julgam a sentença dada por um juiz de primeira instancia em um determinado ponto do processo. Não concordando com algum despacho de um juiz, corre-se para esse recurso. Porém, não é quem da a sentença final. Esse papel volta a ser do juiz de primeira instancia.

Com tudo isso, o poder das sentenças ficam nas mãos de poucas pessoas que são responsáveis por muitos, muitos casos. Quando entendi esse trâmite, fiquei em pânico, pois vendo que os processos são livros com mais mil páginas, que andam de cima pra baixo literalmente em carrinhos tipo de supermercado- ficou claro pra mim, que essas decisões são dadas muito mais pelo instinto do que pela conclusão de provas, petições, etc.
E esse instinto pessoal é construído durante uma vida toda baseada numa série de experiência vividas por essa pessoa. A decisão vai ser dada também com o olhar particular daquele profissional. Com a emoção daquele momento.
Percebi que esses juízes, alem de ter que ter uma reputação invejável, deveriam ter uma experiência de vida também intensa. Deveriam estar ligados, plugados conectados com o mundo on line 24 horas por dia. Todos os dias do ano.
Eles são obrigados a se deparar cm uma infinidade de realidades, verdades, religiões, crenças, leis que podem mudar o rumo de suas decisões pessoais. No meu caso, os profissionais foram obrigados a mergulhar também no aspecto psicológico do ser humano, um assunto que não é dominado por todos.

Imagino, no caso onde as questões são religiosas.
Como esses juízes são preparados? Onde buscam suas fontes?
Não deveria, essas decisões serem tomadas sempre por um grupo?
E sempre serem julgadas, por outro? Talvez aumentasse muito a burocracia que já é enorme, mas esse poder absoluto do judiciário despertou em mim muitas questões.

Desde do início, pra mim era claro que meu caso só deveria ser “julgado” depois que a realidade fosse revelada. E não revelada através de palavras escritas por advogados – que também vivem distantes da realidade do réu- que fosse revelada através de visitas, entrevistas e uma profunda investigação da realidade como ela é.
Simples assim. Por uma perícia que deveria ter sido feita imediatamente e não 7,8 meses depois. Num primeiro momento, antes de surgir a acusação de abuso sexual (que surgiu quando eu retomei a guarda de Théo ano passado)- o pai recebeu uma liminar com guarda provisória de meu filho simplesmente por contar que Théo estava num espetáculo para maior de 18 anos conseguiu convencer através de um discurso dramático que ele corria riscos. (Na verdade, estava no teatro com a mãe que trabalhava no espetáculo, como tantas , tantas crianças que viveram, cresceram em coxias enquanto acompanhavam seus pais artistas em suas carreiras. Não corria risco nenhum. Estava rodeado por um grupo de trabalhadores que o tratavam com carinho e respeito e que o pai sempre freqüentou e admirou. ). O juiz, nesse caso uma juíza assinou o documento afastando a criança da mãe, sem nenhuma chance de defesa. E soube disso através uma mensagem de celular. (jamais vou esquecer esse dia- a primeira vez que tive uma crise nervosa de verdade).

Esses profissionais deveriam ser punidos também por decisões arbitrárias e parciais como essa. Um juiz não pode julgar valores. Não pode.
Rafael transformou o Teatro Oficina como um teatro pornográfico, onde se praticava sexo explicito, mas nunca se deu ao trabalho de contar aos profissionais que enganou, que esse “teatro” ( 50 anos) estava em turnê financiado pelo Ministério da Cultura e pela Petrobrás, que estávamos pelo Brasil levando 4 peças gratuitas para um publico de mais de 1500 pessoas (cada espetáculo) que jamais tiveram oportunidade de ir ao teatro e que esse mesmo teatro dava Oficinas gratuitas ensinando a aqueles que interessavam, a arte de fazer arte. Que o diretor desse teatro esta criando uma Universidade e com apoio do nosso governo. Conseguiu criar uma “realidade” deturpada que só foi aceita, porque os magistrados daquele momento não tinham sequer nenhuma informação cultural daquela situação.
Rafael também não contou que sempre teve o desejo de entrar pro grupo, chegando até mesmo almoçar algumas vezes na casa do próprio diretor Zé Celso Martinez Correa, tentando uma vaga de assistente de direção.


Tudo isso criou uma nova visão de sociedade pra mim. Aliás, uma nova visão de mundo, de vida.
Como somos frágeis.
Como é fácil destruir a vida de uma pessoa, quando se opta por destrui-la judicialmente; fabricando provas falsas, relatos mentirosos, mascarando a realidade de uma maneira que só uma mente inescrupulosa poderia fazer, sem se importar com o bem estar e felicidade até de seu próprio filho. No Brasil, primeiro a pessoa é considerada culpada e precisa provar a inocência, isso alem de custar muito caro, pode levar uma vida toda.
As vezes sinto que tenho mais poder e resultado na minha busca da cura do câncer do que tive nesses 12 meses enfrentando essa burocracia judicial. Mesmo agora, feliz da vida com o final da perícia e com o resultado positivo pra nós; um nó fica na minha garganta por todo esse tempo de dor e e que Théo esteve longe, vivendo uma realidade que não é a dele. Tempo que nunca voltará.
É necessário uma reavaliação de tudo isso, de como se JULGA.
Depois que publicquei que estava com Théo, recebi uma infinidade de emails, com tantas mães e pais em situações parecidas e agora cheios esperança em seus próprios casos.

Juízes deveriam atuar como a maioria dos médicos.
Buscarem sempre um único objetivo. A CURA. E se essa não existir, buscar maneiras para se tenha uma vida melhor, tranqüila. Para que a comunidade viva em harmonia.
Em todo meu tratamento a idéia é essa: CURA.
Passaram médicos bacanas, outros nem tanto. Alguns eu não gostei pela maneira de se comunicar, mas todos, todos buscam só um objetivo. E seguem todos protocolos que dão ao paciente segurança em todo o tratamento.
PROTOCOLOS. PROTOCOLOS.PROTOCOLOS.
Tive sorte, em todo momento soube estar no caminho certo com pessoas certas, por isso o sucesso e tranqüilidade dessa briga contra o câncer.

Sempre fui a favor de leis. Sempre fui a favor de uma disciplina que busque a ordem, mais que a ordem; o respeito. E essas leis, em algum sentido na sociedade ajudam a buscar essa ordem. Mas leis que preservem a individualidade de cada pessoa, seus valores, suas crenças.
Théo em casa sempre foi educado assim.
Rudá será também.
Vão crescer sendo indivíduos únicos dentro de uma comunidade. Que tem seus próprios pensamentos, idéias, desejos.
E podem crescer com tudo isso e viver em plena harmonia com a sociedade. Quero que sejam mais atentos do que eu, e talvez que tenham mais curiosidade em conhecer o funcionamento de estruturas, mesmo que não façam parte diretamente do universo deles. E, Deus, por favor, torne-os menos ingênuos que sua mãe. Infelizmente, vou ter que ensinar a sempre desconfiar antes de confiar.

Espero que a Ministra Eliana Calmon consiga chegar em seu objetivo. Juízes, desembargadores, promotores devem atuar num ambiente onde saibam que estão sendo observados, criticados e que possivelmente possam ser julgados por seus atos.

O pai do meu filho, determinado em sua luta , foi mais longe. Informado de como funciona toda essa máquina conseguiu com sua lábia ( e talvez com alguma indicação) convencer um Promotor de Brasília a mover uma ação contra mim para destituir o pátrio poder e manter Théo afastado de mim por no mínimo 500 mts . Tudo para que eu recebesse uma sentença muito dura. Quase uma sentença de morte. Poucas mães recebem essa sentença. Os casos onde isso acontece nem quero descrever aqui pra não cometer o erro de um pré julgamento. Esse promotor me processou. Processou uma mulher, uma profissional com mais de 20 anos de uma carreira sólida, processou uma cidadã que paga seus impostos desde os 18 anos, que declara Imposto de Renda desde então, que respeita as leis de sua comunidade, uma diretora que tem em seu repertório muitas, mas muitas campanhas publicitárias educativas contra drogas, sobre vacinação, saúde para o Ministério da Saúde. Processou, de uma maneira cruel em um texto que quero esquecer para sempre, um mãe absolutamente dedicada e apaixonada por seus filhos, que por acaso nesse momento ainda briga contra um câncer.
Me transformou numa mulher perigosa, bandida.
Não poderia citar ninguém para exemplificar essa mulher.
E tudo isso por que? Nunca vou poder responder.
Foi levado a uma realidade falsa por um discurso inflamado de um homem que está doente, muito doente, e que insatisfeito com o andamento do processo em SP e subestimando o Fórum João Mendes, não respeitou a Pericia em andamento, foi a Brasília e de má fé procurou um promotor, que como eu, caiu nas mentiras dele.
Eu também não percebi a verdadeira personalidade desse homem e por isso talvez não pudesse criticar esse promotor, mas não sou uma magistrada, e a minha opinião não vai decidir o destino da vida de ninguém, muito menos de uma criança de 4 anos de idade.

Esse promotor poderia até acreditar e comprar a causa desse “pai”, mas só depois de uma averiguação séria, profunda. No mínimo uma entrevista comigo, essa pessoa que esta julgando de uma maneira tão arbitrária.
São essas ações que devem ser averiguadas. Esse excesso de poder que deve ser revisto. Por muito pouco, quase conseguiu. Só não conseguiu porque dentro dessa máquina, como diz a própria Ministra, os profissionais sérios e corretos são em maior numero. Um juiz experiente e muito correto, antes de assinar a liminar dando a tutela ao pai, exigiu que a mãe tivesse direito a defesa, como desde do início dessa loucura toda deveria ter acontecido.
“Criticar juízes que cometem desvios, e eles são a minoria, é defender os bons magistrados; significa separar o joio do trigo.”

Assim, os bons profissionais seriam reconhecidos e todos nós, obrigados a ser submetidos a essa máquina poderiam dormir tranqüilos, mesmo vivendo um absurdo tão grande como estou vivendo agora.

E tudo isso sabendo, que mesmo um “bom” juiz como qualquer ser humano pode errar, e nesse caso, deveriam reconhecer esse erro com humildade e utilizar como experiência para uma próxima assinatura em um despacho.

Essa tal Eliana é uma baiana arretada. E espero que ela não desista de correr atrás de fazer cumprir o papel do Conselho Nacional da Justiça e incomodar os togados da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) que sob o pretexto de defender "a independência do Poder Judiciário", e assim manter todos seus privilégios e a certeza de impunidade estão lutando contra essa guerreira.

A Luta e a Morte de Elaine César - Mais uma mãe vítima da arbitrariedade da justiça brasileira.

Lindo texto,escrito por Adriana Mendes, um depoimento emocionante de uma mãe guerreira sobre a morte de Elaine César mais uma mãe vítima da arbitrariedade da justiça brasileira. Uma  perda irreparável de uma mulher batalhadora, mãe leoa, incansável na defesa de sua cria. 
Sigamos, do luto à luta!!!!
By Adriana Botelho

É Tudo Verdade Mesmo: A Luta e a Morte de Elaine César:

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012


A Luta e a Morte de Elaine César


   Elaine César, 42 anos, pessoa que talvez não tivesse conhecido não fosse nossas histórias parecidas. A de Elaine é ainda mais dolorosa e injusta. Fotógrafa, documentarista, trabalhava na renomada e aplaudida trupe do controverso (como todas as pessoas geniais) Zé Celso. Grávida do segundo marido, vê sua vida mudar quando oficiais de Justiça invadem sua casa e apreendem seu material de trabalho: computadores, DVDs, material de pesquisa. Tudo seria levado para investigar a acusação de abuso sexual que seu ex marido e pai de seu primeiro filho, fez. A guarda também foi "transferida" para o pai. O menino Théo foi levado da cidade de São Paulo para Brasília e Elaine proibida de vê-lo, não fosse sob monitoramento.
  Até aí várias semelhanças. Só que Elaine já estava grávida de seu segundo filho, Rudá. E descobre que tem câncer linfático. Então sobreviveu ao calvário de perícias, ações, audiências, idas e vindas de avião (até onde seu corpo aguentou), de 15 em 15 dias, para ter alguns momentos com Théo.
  Não lembro se foi ela que me procurou ou o contrário. Mas li dois posts de seu blog Gravidez, Câncer e Alienção Parental e acreditei em todas as palavras. Era uma profissional de sucesso, com sólida carreira num meio disputado, árduo, tortuoso. Era linda, inteligente, com milhões de amigos. Escrevia com alma, com sentimento, com amor. Só podia ser tudo verdade mesmo. Com ela aconteceu igual. Não precisei provar nada, acreditava em todas as minhas palavras. Quando viu a matéria no Profissão Repórter, então, como conhecedora das artes cênicas - casada inclusive com um ator - reconheceu a canastrice e impáfia da outra parte.
   Então passamos a trocar emails de desabafo, alguns muito engraçados até e também ideias de trabalho. Ela estava numa produção acelerada, escrevia compulsivamente, ideias brilhantes que ainda não poderiam ser executadas.
  Confessou que quando me procurou foi pensando em fazer um documentário sobre o meu caso e de Dora, mas depois percebeu que era muito maior. Eu mesma me encarreguei de levantar várias injustiças parecidas, de filhos arrancados das mães por ex vingativos e por negligência judicial. Passamos a nos escrever com mais frequência. Só quem passa por isso, ser separada de um fiho pela Justiça e injustamente, sabe o tamanho dessa dor, dessa raiva.
  E num desses dias que a gente acorda só querendo escrever uma carta de despedida, porque parece impossível vencer a dor da saudade e lutar contra um sistema inteiro, escrevi um texto deprimente e postei. Para minha sorte Elaine César e Cassandra Melo (atriz, uma de suas melhores amigas) foram das primeiras a ler. Elaine entra online: "tira isso agora e me liga já!". Obedeci como a criança que fez "arte". Chorava tanto que não conseguia ligar... como posso ser tão covarde?
  Cassandra me ligou e foi assim que tive contato com essa outra alma fantástica. Uma rede de apoio surgiu quando eu estava rompendo ao meio. E Elaine, do alto da sua gravidez de risco, vítima de uma acusação hedionda e na batalha contra uma doença cruel, me confortou.
  Sempre dizia para ela como achava incrível que uma única pessoa péssima era capaz de causar um estrago que 500 boas não eram capazes de consertar. Foi isso que fizeram os pais de Theo e de Dora. E combinamos que Theo e Dora seriam amigos, porque só uma criança que passa por isso pode entender a outra.
  O filho de Elaine voltou para ela, logo depois que Rudá nasceu saudável. A Justiça percebeu o crime que estava fazendo, separando o filho da mãe, que estava com uma doença fatal. Será que ter enfrentado tudo isso junto não minou suas forças? O brilho dela era intenso. Não exagero em dizer que foi uma perda para a raça humana, porque além de tudo essa mulher era uma multiplicadora de opinião. Sua forma sensata de encarar o insustentável é a evolução da espécie. Ainda bem que deixou registrada sua história, que não parou de escrever. Seus filhos sempre saberão quem foi essa mãe maravilhosa, que nunca desistiu de lutar. Assim como fazem os heróis de verdade.




CASO MARIA CLARA: RESOLUÇÃO DO IMBROGLIO JUDICIAL...

O Estado brasileiro precisa agir urgentemente!!!
Vamos ver se a justiça brasileira vai agir com a mesma rapidez para fazer com que  minha filha MARIA CLARA retorne ao Brasil com que fez para tirá-la de mim. Existe uma decisão no TRF, que ordena o retorno imediato de MARIA CLARA ao Brasil. No dia 19 de janeiro completou 1 mês desde que minha filha foi levada e até agora nada!As aulas de Maria começam agora no dia 06 de fevereiro e é necessário que  ela retorne para dar continuidade ao processo de alfabetização que iniciou aqui no nosso país.
Não há precedentes aqui no Brasil, e em nenhum outro país de um caso como o meu ter sido resolvido dessa forma, arbitraria, precipitada e sobretudo com um desfecho trágico ocasionado por um erro da juíza substituta da 11ª Vara Federal. A juíza errou e isso é fato, agora o que deve ser feito é solucionar o problema criado por conta da sua precititação, e a solução, passa pela diplomacia. O Brasil precisa urgentemente fazer com que Portugal cumpra os acordos internacionais, que haja pautado pelo principio da reciprocidade e acate as decisões judiciais aqui existentes. A vertente do respeito as Convenções Internacionais tem que ser dúplice, reciproca, do contrário o direito e a justiça não se realizam.
Mais uma vez, reitero o meu pedido de celeridade e de maior empenho por parte do Estado brasileiro ao tratar desse imbróglio sob risco de obliterar o direito de uma mãe brasileira, de ter um julgamento justo e que  a injustiça, a arbitrariedade seja galardoada.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

CASO MARIA CLARA: ENTREVISTA A RECORD

Caros amigos, segue o link referente a entrevista à Rede Record, desejo firmemente  maior empenho e celeridade por parte das autoridades brasileiras, para fazer com que o Estado português cumpra a decisão judicial existente aqui no BRASIL!!! O principio da reciprocidade tem que prevalecer nesse momento.
Aguardo novas e boas notícias!!!
Com fé em Deus e na justiça, MARIA CLARA voltará brevemente ao BRASIL!!!


Edição

Publicado em 25/01/2012 às 21:31:43

Mãe continua na briga pela guarda da filha em Salvador (BA)

Já se passaram mais de 30 dias e Adriana ainda não teve notícias da filha. Maria Clara, de seis anos, é filha de Adriana, uma brasileira, e Eurico, um português. O casal decidiu se separar quando morava em Portugal. Adriana revela que o ex-marido chegou a cometer agressão física contra ela. A menina passou a viver com o pai, foi quando começou a disputa por sua guarda. Acompanhe o caso.
http://noticias.r7.com/jornal-da-record/videos/edicao/?idmedia=4f208601b51a4c793f330c82


Estamos te esperando!!!!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

BAHIA NOTICIAS:Caso Maria Clara: Desembargador ordena volta da menina

http://www.bahianoticias.com.br/justica/noticia/42745-caso-maria-clara-desembargador-ordena-volta-da-menina.html

Segunda, 23 de Janeiro de 2012 - 17:26

Caso Maria Clara: Desembargador ordena volta da menina

por Clara Pinheiro



A baiana Maria Clara Botelho, de seis anos, que foi levada pelo seu pai, o português José Eurico Rodrigues, para Portugal, conforme determinado pela decisão da juíza substituta da 11ª Vara da Justiça Federal, no dia 19 de dezembro do ano passado, pode voltar ao Brasil (entenda o caso aqui, aqui e aqui também). A decisão foi proferida na última quarta-feira (18) pelo desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região Jirair Aram Meguerian, que conservou a deliberação do próprio tribunal. Meguerian, que é relator do agravo de instrumento interposto pela Defensoria Pública da União da Bahia (DPU/BA), considerou a decisão do desembargador Almícar Machado e ordenou, além do retorno imediato da criança, a produção de provas.
A solução do caso depende de medidas diplomáticas entre Brasil e Portugal e da conduta do ex-companheiro, por isso vem sendo acompanhada pela Assessoria Internacional da Defensoria Pública-Geral da União. O deputado federal Sérgio Carneiro (PT), que foi entrevistado pelo Bahia Notícias, aguarda a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de sua autoria, que poderá amenizar conflitos internacionais gerados pela guarda de crianças e adolescentes.
A mãe da menina, Adriana Rocha Botelho, criou um blog com postagens diárias e com todas as informações do processo. Sobre a nova decisão, ela afirmou estar a um mês sem ter notícias da filha. Com a nova decisão, Adriana se diz com as esperanças renovadas. 

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

TRF mantém decisão que fixou retorno de menor ao Brasil


http://www.dpu.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=7257%3Atrf-mantem-decisao-que-determinou-o-retorno-de-menor-ao-brasil&catid=35%3Adestaque1&Itemid=1



Salvador, 23/01/2012 – Em decisão proferida na última quarta-feira (18), o desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região Jirair Aram Meguerian conservou a deliberação do próprio tribunal que, em 20 de dezembro, determinou a volta imediata da menor M.C.B., seis anos, ao Brasil – um dia após a criança ter sido levada a Portugal pelo pai.

Meguerian, que é relator do agravo de instrumento interposto pela Defensoria Pública da União da Bahia (DPU/BA), considerou que, como a criança já se encontrava no Brasil há quase um ano, a decisão do desembargador Almícar Machado – ordenando, além do retorno imediato da menor, a produção de provas – deve ser restabelecida até a promulgação da sentença. Dessa forma, de acordo com ele, “o julgador terá fundamentos em elementos robustos da solução menos prejudicial à criança”.

No início de janeiro, acatando pedido da União, o desembargador plantonista Olindo Menezes suspendeu os efeitos da decisão que versava sobre o retorno de M.C.B., entendendo que o caso deveria ser apreciado pelo desembargador natural e após o recesso do Judiciário.

De acordo com o defensor federal João Paulo Lordelo, a deliberação do relator do agravo em prol da assistida reforça a tese de que é necessária a realização de perícia com a menor. “A decisão de primeiro grau foi precipitada porque não se marcou sequer uma audiência de conciliação nem foi possibilitada a produção de provas. Além disso, o pedido de antecipação de tutela não havia sido formulado pela União”, afirmou.

Para a defesa da mãe brasileira, a solução continua dependendo de medidas diplomáticas entre Brasil e Portugal e da conduta do ex-companheiro. Por esse motivo, o caso vem sendo acompanhado pela Assessoria Internacional da Defensoria Pública-Geral da União. O subdefensor Afonso Carlos Roberto do Prado destaca que “o fato chama muito a atenção e, por isso, a Administração Superior da DPU tem envidado todos os esforços junto à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, que atua como autoridade central sobre os aspectos civis do sequestro internacional de crianças”.

Sobre o caso

O conflito judicial entre os pais de M.C.B. teve início no começo de 2011, quando Adriana Botelho informou ao ex-companheiro sobre a intenção de permanecer definitivamente no Brasil. O motivo, segundo relatou, seriam os maus tratos aos quais ele a submetia.

Após uma briga, Adriana obteve, em 25 de janeiro passado, a guarda provisória da criança, por meio de medida protetiva proferida pela 1ª Vara de Violência Doméstica contra a Mulher, a qual solicitou, inclusive, o afastamento do empresário português da casa onde reside a ex-mulher e a menor. Em setembro, visando ao bem estar da menina, os dois selaram um acordo e a criança passou a ter contato com o pai durante os finais de semana.

Entretanto, no dia 19 de dezembro, a mãe da menor foi surpreendida por decisão liminar expedida de ofício pela juíza substituta Ana Carolina Dias Fernandes, da 11ª Vara Federal da seccional baiana, concedendo a guarda da menina ao pai português. A determinação da magistrada sustentou-se em pedido de busca e apreensão da menor movido por José Eurico perante o governo português, que reconheceu a retenção ilícita de M.C.B. no Brasil. A criança embarcou para a Europa no mesmo dia e, desde então, Adriana não tem notícias da filha.

Leia mais

Justiça cassa liminar que deu guarda de menor a pai português

Comunicação Social DPGU
 

BOAS NOVAS!!- DESEMBARGADOR ORDENA RETORNO IMEDIATO DE MARIA CLARA AO BRASIL!!!

Tenho uma notícia muito boa: conseguimos, novamente, uma decisão favorável ao retorno de MARIA CLARA  ao Brasil, sendo restabelecida a decisão do primeiro desembargador plantonista, Dr. Amílcar Machado.



O Desembargador Relator restabeleceu a decisão proferida pelo Desembargador plantonista Amilcar Machado, pelos termos do seguinte dispositivo: "(...) Pelo exposto, altero a decisão proferida pelo Desembargador Federal Olindo Menezes e,  na esteira do pedido formulado pela agravante, indefiro o pedido de reconsideração apresentado pela União às fls. 331/332 e restabeleço os efeitos da decisão de fls. 325/328, que mantém aquela proferida às fls. 27/28 dos autos de origem, 61/62 dos presentes autos."

 Graças a Deus!!!
Nesses últimos dias, estava tão triste porque completava 1 mês sem  minha filha, sem ter notícias, e agora, a esperança se renova. Tenho consciência que vai ser uma dura batalha fazer com que Portugal  cumpra as decisões judiciais aqui existentes, espero que o Estado português, aja pautado pelo principio da reciprocidade em relação ao Brasil. E que minha menina volte o quanto antes, até porque, as aulas dela começam agora no dia 06 de fevereiro, Maria iniciou o processo de alfabetização aqui no Brasil e caso ela não retorne até esse dia acarretará prejuízos no seu aprendizado.
Aproveito a oportunidade, para agradecer a toda minha família, amigos e pessoas que sequer me conhecem, mas que têm dado sempre uma palavra de apoio e carinho. A história de MARIA CLARA, começa a ser conhecida não só no Brasil, como em vários outros países, EUA, França, Itália, Reino Unido, Alemanha, Espanha, Argentina, Holanda...entre outros tantos. O blog de minha filha tem tido milhares de acessos diariamente, isso se deve também ao fato de ter contado com a solidariedade de alguns artistas, formadores de opinião, que tem se empenhado em divulgar a injustiça que fizeram comigo e com a minha filha.
Sinceramente, surpreendeu e emocionou-me a solidariedade de pessoas que passaram adiante a minha historia de luta e conversaram comigo através do Twitter me dando força, como a atriz Luana Piovanni e Alessandra Scatena, outros divulgaram a estoria em redes sociais como Paola Oliveira, Fernanda Paes Leme, Gomezz,Gracianne Barbosa, Ilana Casoy, Juliana Alves, Simony, Daniela Freitas, Claudia Alencar, Renatinho da Bahia, Fernanda Pontes,Marcelo Marchiori, Zaza_S(José Mendes)...entre tantos outros.
Agradeço, a amiga Priscila Ribeiro e toda sua família, que criou a Petição Pública que pede o retorno de Maria Clara ( Vamos trazer MARIA CLARA de volta!!!), de Rejane Huges pelo apoio e pela ajuda na tradução do blog, de Claudinha Negromonte por todo apoio, a todos da escola que Maria estuda (Escola Maria Montessori) , a Roberta Gusmão  Ass. de Imprensa da DPU, George Rangel e todos amigos da FCS que apoiaram-me sempre, aos meus colegas de trabalho da SMA,  ao defensor responsável pelo caso, Dr. João Paulo Lordelo e toda  a DPU ,pelo  empenho com que tem dedicado para trazer a minha MARIA de volta, a toda imprensa baiana que tem divulgado incansavelmente o CASO MARIA CLARA, Daniela Prata, Patricia Narriman, Casemiro Neto, Renato Fonseca, Jairo Costa Junior, João Gabriel Galdia, Claudia Cardozo, Luana Ribeiro,Cláudia Mariana,Gláuber Morais, entre tantos outros. E por fim, agradeço a todas as pessoas que embora não me conheçam pessoalmente, de uma forma ou de outra tem me apoiado, e têm sido tão solidarias e amorosas comigo nas ruas, a todos vocês que tem acompanhado o Blog torcendo por boas notícias, rezando pela volta de Maria, o meu muitíssimo obrigado!
A justiça e o amor hão de prevalecer!!!




Mommy loves you, daughter...
 Maria Clara back to Brazil!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

CASO MARIA CLARA: 1 MÊS sem minha princesa...


Hoje faz 1 mês que  tiraram minha menina do Brasil, não a vejo e nem tenho qualquer notícias de Maria Clara. Tentei contactar inúmeras vezes, mas ninguém atende! Será esse o ideal de felicidade, de equilíbrio e bem-estar que a justiça brasileira objetivava ao arrancar minha filha dos meus braços? Foi correto entregá-la para uma pessoa violenta e desequilibrada, como meu ex-marido?
Penso que a justiça nesse país mais uma vez, beneficiou quem anda errado, quem gosta de tirar vantagem sobre os outros, quem mente, quem induz a erro, quem agride, quem violenta, quem humilha, quem subjuga o seu semelhante... 
Imaginei que depois de ter passado por tudo que passei em Portugal, depois de ter suportado tudo calada, por medo de que meu ex-marido  me agredisse ainda mais ou pior, que tirasse a minha filha de mim, que  ao chegar ao Brasil estaria salva!
Achei que ele não poderia me fazer mais mal, nem me agredir fisicamente, nem humilhar-me e nem me castigar tirando minha princesa de mim. Grande erro meu, a justiça brasileira sequer me deu chance de defesa, não tive direito a audiência, nem de defender-me, nada, absolutamente nada! 
Ele conseguiu o que queria, me maltratar, me fazer sofrer ao tirar de mim o meu bebê, a minha princesa. Infelizmente, hoje, minha filha está longe de mim, entregue a um mal caráter (porque  pra mim, homem que agride fisicamente e moralmente uma  mulher, é mal caráter!), mas para a justiça brasileira, não. A verdade é que ele conseguiu se vingar de mim, está regozijado com o meu sofrimento  e o de minha família. Maria Clara é brasileira, nascida em Salvador, no Hospital Aliança no dia 12 de agosto de 2005. 
Sinto uma sensação terrível de abandono, meu país me virou as costas...E ainda pior, é o argumento de que terei que ir pra Portugal brigar pela guarda de Maria lá em Portugal. Como isso é possível? Vou ter que retornar pro covil das feras? Não tenho a mínima hipótese contra ele, um empresário com boas condições financeiras, com influencias políticas (ele é filiado ao PSD, partido do atual  Primeiro Ministro de Portugal). 
Aliás, ele disse-me que moveria céus e terras para tirar Maria do Brasil, a bem ou a mal, gastaria todo o dinheiro dele e usaria todas as suas influencias políticas, se fosse preciso.
Portugal foi muito diligente nesse processo, as coisas andaram "estranhamente rápidas", aliás, há casos semelhantes ao meu no Brasil que se arrastam há mais de 5 anos. Que será que houve nesse meu caso? Por que ainda durante a produção de provas, a juíza através de uma decisão interlocutória concede uma Antecipação de Tutela EX OFFICIO ( que é vedado pelo ART. 273 do CPC). No dia seguinte, essa decisão é revogada no TRF, pelo desembargador José Amílcar Machado, porém, minha filha já tinha sido tirada do Brasil. A decisão da juíza foi no dia 19/12/2011 e o desembargador revogou em 20/12/2011. Horas depois de eu ter entregue a minha filha no consulado português, ela embarcou para o RJ, e saiu do Brasil às 19h pelo aeroporto Tom Jobim. Meu ex-marido saiu corrido do Brasil, porque sabia que a decisão cairia...
O que é certo, que a juíza foi precipitada, foi induzida a erro, porém, os erros devem ser corrigidos e não esquecidos, nem varridos pra debaixo do tapete!
A justiça brasileira, tem que através da diplomacia, e pautada no principio da reciprocidade, fazer com que Maria Clara volte  para o Brasil. 
Desejo com todas as minhas forças, que Deus ilumine a mente de quem couber a missão de decidir, que analise todas as circunstância desse caso, e que sobretudo levem em consideração o bem-estar de minha filha, que é um ser inocente e não merece ser cerceada do convívio e  do amor imensurável de uma mãe que vai lutar até o fim para te-la  nos braços  novamente.
Minha filha, antes de ir embora disse-me: Mamãe, o papai disse que não vou poder telefonar e nem falar com você, mas vou te contar um segredinho. Eu nunca vou esquecer de você!
Ah Maria, eu amo você desde antes de você nascer, te dei a vida e morreria por você se fosse preciso. Agora filha, viver sem você eu não consigo, e peço a DEUS força para continuar lutando e coragem para enfrentar todas as adversidades e sobretudo fé para que eu nunca perca a esperança no ser humano e na justiça.

Enquanto você não volta, escrevo. Talvez um dia você possa entender tudo que aconteceu e saiba que eu nunca desisti de você, meu amor!