Precisamos no Brasil de mais juizes que tenham consciência de que o
Direito deve ser um instrumento de realização da justiça e não somente
da aplicação da letra fria de lei. De menos juizes tecnicistas,
legalistas Carecemos de magistrados que hajam com mais humanidade e consciência social. Para que erros judiciais como o que aconteceu comigo sejam evitados.
Continuo aguardando um posicionamento do Ministério das Relações
Exteriores a respeito do retorno de minha filha ao Brasil, como foi
determinado pelo TRF. Enquanto isso, continuo sem qualquer contato com a
minha filha. Gostaria de uma posição mais firme da Secretaria de
Direitos Humanos da Presidência da República, pois nesse momento, o
silêncio é ensurdecedor!!! De todos é sabido, as devastadoras
consequencias provenientes da ALIENAÇÃO PARENTAL em uma criança de apenas 6 anos de idade, e
Maria, nesse momento, está cerceada de qualquer contato comigo que sou sua
genitora.Maria está órfã de mãe viva!!!
No próximo dia 19/04/2012 completar-se-a 4 meses que minha
filha foi levada para Portugal e mesmo existindo uma decisão proferida
no TRF que ordena o retorno imediato da menor ao Brasil, até o presente
momento MARIA não retornou. Portugal , segundo informações que obtive
junto a DPU, apenas disse que o genitor já está ciente da decisão
brasileira e que o advogado dele iria recorrer. Recorrer de uma liminar
de Antecipação de Tutela que foi concedida de oficio (Vedado pelo art.
273 CPC)??? Isso só pode ser uma piada de mal gosto, uma excrescência!
Enquanto isso, o tempo vai passando e continuo a espera que seja feita
JUSTIÇA, que o Brasil se digne a defender os seus cidadãos. Eu e minha
filha somos brasileiras, MARIA CLARA nasceu no dia 12 de agosto de 2005,
no Hospital Aliança de Salvador, Bahia, Brasil.
Sinto-me abandonada
pela justiça brasileira, hoje, sinto revolta, indignação. Infelizmente
nasci no Brasil, porque com toda certeza, se fosse cidadã americana, as
coisas seriam bem diferentes. De certo que nesse momento, MARIA já
estaria de volta e o genitor dela estaria preso por todas as agressões
físicas e psicológicas que cometeu contra mim. O que aconteceu comigo é
uma vergonha, e abre precedentes para que qualquer estrangeiro possa
agredir suas esposas brasileiras, e sair impune. A bem da verdade, o
agressor é ele, e ele é o culpado, o criminoso, porém, aqui no Brasil,
quem está cumprindo a "pena" sou eu. Uma pena cruel, de afastamento
total de minha filha. Isso para uma mãe é uma tortura diária, uma ferida
que não sara nunca, é morrer-se aos poucos, lentamente...
Do luto à luta!!!
Adriana Botelho ( mãe e guerreira incansável por justiça)
https://www.facebook.com/JusticaMariaClara
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