Ontem, estive na DPU- Defensoria Pública da União, fui conversar com o meu defensor Dr. João Paulo Lordelo e saber a quantas anda o processo de MARIA CLARA. Consoante Dr. João Paulo, com o fim do recesso do judiciário, o processo deve voltar a ser apreciado pelo Desembargador relator que poderá confirmar a decisão anterior que determinava o retorno imediato de Maria ao Brasil ou ratificar a decisão da juíza. Desejo firmemente que Deus ilumine a consciência de quem vai decidir sobre a minha vida e de minha filha.
Tenho conversado com diversas pessoas, professores, procuradores, defensores, enfim, pessoas que conhecem diversos casos semelhantes ao meu não só aqui no Brasil, mas em diversos outros países. Essas pessoas são unanimes em afirmar que nunca viram um processo como esse ser decidido por decisão interlocutória, sem que houvesse uma investigação dos fatos, das provas, de uma avaliação psicossocial da mãe e da criança, como fora INDICADO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO.
Sinceramente, não sei o porquê da juíza ter agido da forma como agiu, ultrapassando todos os limites do bom senso e chegando ao ponto de inobservar o Código de Processo Civil que vedava que a magistrada concedesse a tutela ex officio. Ainda, igualmente grave, o fato de meu ex-marido ter conhecimento da decisão da juíza com tanta antecipação- desde o dia 11/12/2011 que ele comemorava o retorno de Maria Clara com os amigos no Facebook, fato esse que foi devidamente noticiado pela imprensa, especificamente pelo BAHIA NOTÍCIAS. Inclusive na segunda-feira, dia 19/12 às 8:30h data em que a juíza Ana Carolina Dias publicou a decisão absurda, soube por funcionários da justiça federal, que meu ex-marido por volta das 8h apareceu lá acompanhado de minha filha para saber se já podia ficar com ela sem entrega-la em minha casa. (toda sexta-feira ele pegava Maria em minha casa ,e entregava minha menina na segunda-feira no mesmo local).
Outro ponto a ser considerado, é o fato de que a juíza deixou para publicar a decisão a apenas 1 dia antes do recesso, o que prejudicou e muito o trabalho da Defensoria. Ora, se a juíza estava tão convencida da sua decisão, se inclusive a parte interessada já tinha conhecimento prévio da decisão da juíza, porque a magistrada só publicou a decisão às vésperas do recesso??? Por que parecia estar a magistrada tão empenhada em tirar a minha filha de mim, às vésperas do Natal, separar mãe e filha numa data tão especial? Por que essa crueldade comigo e com uma criança de 6 anos?
Como pode uma juíza, uma mulher, brasileira, não permitir que eu fosse sequer ouvida. Não me foi facultado o direito de me defender, de contraditar provas. Nada, absolutamente nada. Até um assassino, o pior dos criminosos nesse país, têm direito a defesa. Eu, para a magistrada, não tive direito de defender-me, de lutar por minha filha.
É por esse motivo que mais uma vez reitero o pedido de que tragam a minha filha de volta ao Brasil. Sei que é possível, porque já houve precedentes. Basta a diplomacia brasileira atuar com empenho, com afinco, que é possível que se faça justiça nesse país. Sei que a Procuradoria Geral da União também tem se empenhado para acompanhar o caso, o Ministério Público Federal segue a mesma linha. Gostaria que a Secretaria de Direitos Humanos também se manifestasse nesse caso. Afinal, Direitos Humanos nesse país não pode só servir para proteger criminosos, eu sou brasileira, mãe e nunca cometi nenhum crime em minha vida. Sou um ser humano e também sou merecedora de que respeitem os meus direitos e a minha dignidade. Além do mais, a vida de uma criança não pode ser decidida dessa forma, sem que haja uma avaliação PSICOLÓGICA, Maria foi arrancada de meus braços sem que eu tivesse sequer a possibilidade de prepará-la, de explicar-lhe o que estava acontecendo. Provavelmente, a minha filha deve esta achando que eu a abandonei, que não a quero. O mais grave disso tudo, é que até hoje, não consegui estabelecer qualquer contato com minha filha, ligamos e ninguém nos atende, foi-nos cortado todo e qualquer contato com Maria.
Será que é isso o ideal de felicidade, de bem-estar e de ambiente saudável para uma criança,ser privada do contato com a mãe,? O que essa JUÍZA tinha em mente ao decidir pelo absurdo de afastar uma mãe de uma filha de apenas 6 anos?
ESPERO QUE O DESEMBARGADOR, AO AVALIAR A SITUAÇÃO QUE ENVOLVEU A SAÍDA TÃO REPENTINA, SÚBITA E DESPROPOSITADA DE MINHA FILHA DO BRASIL, POSSA CORRIGIR ESSE GRAVE ERRO. DESEJO IGUAL CELERIDADE E EMPENHO NO PROCESSO DE RETORNO DE MARIA, ASSIM COMO FOI PARA TIRÁ-LA DO BRASIL E DE MIM.
Te amo, minha borboletinha...
Adriana me emocionei muito com sua situação querida, tenho 3 filhos e imagino o que vc está passando longe de sua filhota ! Deus te abençoe ! vamos orar por vcs ! até vê a Glória de Deus manifesta nesse caso a seu favor! Tenha fé e não desanime.
ResponderExcluirVai dar tudo certo querida!!!!
ResponderExcluirtenha fe querida DEUS pode tudo.
ResponderExcluirUma magistrada destas deveria ser afastada e exonerada de suas funções.
ResponderExcluirVocê vai conseguir sua filha de volta. Tenho fé que sim! Bjs
ResponderExcluirQue tipo de juíza é essa? Um absurdo! Tratar um caso tão importante assim, com desprezo e insensibilidade.
ResponderExcluirSou estudante de Direito e aprendi que a Justiça existe para aniquilar litígios, ou seja, o que ela fez foi inconcebível! Ainda mais, vindo de uma mulher, cujo são as criaturas mais belas e sensíveis da nossa natureza.
O que aconteceu é irracional. Ainda mais, você Adriana, estar sem contato algum com sua filha.
Gostaria de saber se a diplomacia brasileira já está informada deste caso, e se já tomou alguma atitude.
Estamos todos torcendo por vocês duas. Boa sorte!
Tenha fé, querida. A cada dia que passa, o Brasil inteiro está sabendo mais dessa história. Torço por todos vocês
Posso estar sendo leviana ao julgar, mas essa juíza com certeza está tendo algum "benefício"...
ResponderExcluirUma mulher, por mais fria que seja, é instintivamente maternal.
O fato de sequer ouvir me dá o direito de achar que está sendo beneficiada
financeiramente, pq infelizmente, esse motivo é o que move hoje toda e qqr instituição aqui e em qqr outro País.