terça-feira, 17 de abril de 2012

ALIENAÇÃO PARENTAL- Órfã de mãe viva!!

Precisamos no Brasil de mais juizes que tenham consciência de que o Direito deve ser um instrumento de realização da justiça e não somente da aplicação da letra fria de lei. De menos juizes tecnicistas, legalistas Carecemos de magistrados que hajam com mais humanidade e consciência social. Para que erros judiciais como o que aconteceu comigo sejam evitados.
Continuo aguardando um posicionamento do Ministério das Relações Exteriores a respeito do retorno de minha filha ao Brasil, como foi determinado pelo TRF. Enquanto isso, continuo sem qualquer contato com a minha filha. Gostaria de uma posição mais firme da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, pois nesse momento, o silêncio é ensurdecedor!!! De todos é sabido, as devastadoras consequencias provenientes da ALIENAÇÃO PARENTAL em uma criança de  apenas 6 anos de idade, e Maria,  nesse momento, está  cerceada de qualquer contato comigo que sou sua genitora.Maria está órfã de mãe viva!!!
 No próximo dia 19/04/2012 completar-se-a 4 meses que minha filha foi levada para Portugal e mesmo existindo uma decisão proferida no TRF que ordena o retorno imediato da menor ao Brasil, até o presente momento MARIA não retornou. Portugal , segundo informações que obtive junto a DPU, apenas disse que o genitor já está ciente da decisão brasileira e que o advogado dele iria recorrer. Recorrer de uma liminar de Antecipação de Tutela que foi concedida de oficio (Vedado pelo art. 273 CPC)??? Isso só pode ser uma piada de mal gosto, uma excrescência!
Enquanto isso, o tempo vai passando e continuo a espera que seja feita JUSTIÇA, que o Brasil se digne a defender os seus cidadãos. Eu e minha filha somos brasileiras, MARIA CLARA nasceu no dia 12 de agosto de 2005, no Hospital Aliança de Salvador, Bahia, Brasil.
Sinto-me abandonada pela justiça brasileira, hoje, sinto revolta, indignação. Infelizmente nasci no Brasil, porque com toda certeza, se fosse cidadã americana, as coisas seriam bem diferentes. De certo que nesse momento, MARIA já estaria de volta e o genitor dela estaria preso por todas as agressões físicas e psicológicas que cometeu contra mim. O que aconteceu comigo é uma vergonha, e abre precedentes para que qualquer estrangeiro possa agredir suas esposas brasileiras, e sair impune. A bem da verdade, o agressor é ele, e ele é o culpado, o criminoso, porém, aqui no Brasil, quem está cumprindo a "pena" sou eu. Uma pena cruel, de afastamento total de minha filha. Isso para uma mãe é uma tortura diária, uma ferida que não sara nunca, é morrer-se aos poucos, lentamente...

Do luto à luta!!!

Adriana Botelho ( mãe e guerreira incansável por justiça)




https://www.facebook.com/JusticaMariaClara 

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