Hoje, é mais um dia de angústia e espectativa pelo retorno de minha filha. Porém, depois de ter conhecimento através da DPU que o Juíz Federal Murilo Mendes intimou a União, a Secretaria de Direitos Humanos e o Consulado Português, ordenando que fossem comunicados para tomarem as medidas cabíveis para o retorno de MARIA ao Brasil, fiquei ainda mais esperançosa!
Soube, por fonte segura, que o cônsul português não se encontra no Brasil, que está em Portugal por conta do recesso. Acho que é uma ótima oportunidade para facilitar o retorno da minha filha ao nosso país. Se foi ao cônsul português, que minha filha foi entregue, nada mais acertado, do que o próprio cônsul português, entregar MARIA CLARA ao Consulado do Brasil, localizado no Porto.
Desejo que esse imbróglio judicial, que fez com que a minha filha fosse rapidamente tirada do país, se resolva com a mesma celeridade para fazê-la retornar ao Brasil.
Penso, que num processo tão complexo e delicado como esse que estou envolvida, tem que ser resolvido com resiliência e sensibilidade. Destarte, evitaria que decisões precipitadas e ansiosas, como essa proferida pela juíza substituta da 11ª Vara Federal, acarretasse todo esse transtorno.
Imaginem, para uma criança de apenas 6 anos, ser retirada dos braços da mãe às vésperas do Natal, quando à cerca de 4 dias atrás, estava armando a árvore de natal comigo e com a irmã. Dias depois, está em outro país, longe da mãe, da familia, dos amiguinhos e de tudo que era bastante significativo para ela. E, se não bastasse essa mudança tão radical, a ausência completa de qualquer contato entre a minha filha e eu. Tenho ligado todos os dias para tentar obter informações sobre a minha filha, sobre o bem-estar dela, e NINGUÉM atende!
Segundo laudo da psicóloga da 1ª Vara de Violência contra a mulher, que foi acostado ao processo, minha filha dizia com todos as letras, que não queria ir para Portugal.
E no laudo consta as seguintes afirmações de Maria Clara:
" ..não quero ir, não quero ir pra Portugal, quero ficar no Brasil.."
E agora, o que faço? Prometi a minha filha que estaria sempre perto dela, que nunca a deixaria. Os pesadelos da minha filha, ao contrário da maioria das crianças, não era do bicho-papão. Minha Maria, acordava no meio da noite, a chorar, dizendo-me que tinha tido um pesadelo. E nesses pesadelos, dizia ela: -Mamãe sonhei que estava sozinha, sem você e sem minha familia. Mamãe, nunca me esqueça, por que eu nunca vou te esquecer!
Nesse exato momento, talvez Maria Clara pense que a deixei, que traí a confiança dela, e que nem sequer a procuro...
Deus, só ele sabe do meu sofrimento e do quanto eu estou lutando para que minha princesa volte para o Brasil, pra mim e para a familia que tanto a ama.
A justiça dos homens, por vezes falha, mas a justiça divina, jamais!!!
"Para estar junto não é preciso estar perto, e sim do lado de dentro" (L. Da Vince)
Até breve,princesa!
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